Krokodil - Desomorfina
Don't Feed the “Krokodil”: Desomorphine Fear Outpaces Reality [18]:
O caso de estudo é sobre uma mulher de 26 anos de idade, que possuía uma extensa história de abuso de substâncias por via intravenosa, tendo-se apresentado ao serviço de emergência do hospital, por causa das lesões cutâneas dolorosas. A própria terá explicado que tais lesões se deviam ao uso de uma droga em especifico, de seu nome “krokodil”, explicando que a terá injetado sem saber do que se tratava. A paciente disse que suspeitava que o traficante a quem comprava usualmente uma mistura de heroína e metanfetaminas, terá trocado esta mistura por “krokodil”. Apresentava áreas de necrose a nível da mão esquerda e do pulso com eritema.
Posteriormente foram realizados estudos no laboratório, incluindo testes para o HIV, para o vírus da hepatite C e para a sífilis. Todos os resultados foram negativos, a paciente apenas apresentava uma leucocitose leve.
A paciente foi admitida na medicina interna, e de seguida foi solicitada uma consulta psiquiátrica para auxiliar a doente quanto à questão do abuso de drogas, mais especificamente do “krokodil”.
No momento de entrada no serviço de urgências, foi recolhida uma amostra de sangue da doente que posteriormente foi enviada para um laboratório específico para ser realizada a deteção de desomorfina, no entanto esta não foi detetada. Este resultado pode ser explicado pela paciente não ter contactado com a desomorfina, nem com o “krokodil” ou simplesmente poderá ter dado negativo porque o tempo de semi-vida desta molécula no organismo é bastante baixo. A paciente melhorou após antibioterapia. Foi também aconselhado que a doente abandonasse o abuso de drogas, sendo que esta permaneceu sem contactar com drogas durante o tempo de hospitalização.
Neste caso de estudo é importante referir sobre a sobrestimação da probabilidade de exposição ao “krokodil”, quando existem depoimentos como estes é necessário analisar corretamente outros dados, uma vez que as lesões apresentadas poderiam derivar de uma infeção por outra causa e não pela toxicidade do “krokodil”, ou seja, nunca descurar o tratamento de rotina de doenças infeciosas, para que não ocorram riscos de outras complicações.
[18] - Bowen, K. P., Barusch, N. M., Lara, D. L., Trinidad, B. J., Caplan, J. P., & McKnight, C. A. (2014). Don’t feed the “krokodil.” Desmorphine fear outpaces reality. Psychosomatics.
Todas as imagens deste slideshow foram retiradas de "The World’s Deadliest Drug: Inside a Krokodil Cookhouse"; time.com/3398086/the-worlds-deadliest-drug-inside-a-krokodil-cookhouse (consultado a 27/05/2015)
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